sexta-feira, 4 de março de 2011

just war -- or a just war? By Jimmy Carter




Já que dificilmente tenho criatividade para escrever algo interessante, vou postar uma critica sobre o texto do Jimmy Carter que fiz para um trabalho de Ciência Política, o texto está em inglês, mas quem se interessar pode acessar este link.



O conceito de guerra justa do Jimmy Carter, remete um pouco a antiguidade, embora ele utilize a religião para conceituar as ideias de bom e de justo. Na sociedade atual, evitar a guerra até o ultimo recurso é quase sempre o melhor caminho, não só por questões sociais, mas econômicas e politicas.



A guerra justa nada mais é do que deixar que os combatentes se igualhem em força e conheçam claramente o porquê daquele conflito ter se iniciado. Na antiguidade, antes de cada combate, os envolvidos se encontravam em campo aberto e se cumprimentavam antes de começar a batalha. Então todos se enfrentavam “frente-a-frente”, sabendo que a vitória seria justa para qualquer uma das partes. Existiam os conceitos de honra, coragem e virtude nessa época. Hoje uma ideia como essa parece mais uma crítica ao terrorismo, que utiliza-se de táticas de guerrilha para compensar a menor condição de homens e armamentos, do que propriamente uma forma virtuosa de resolver a situação.

O pensamento de uma guerra justa mistura ideais antigos e religiosos. Antigos porque há uma tentativa de resgatar a honra e a coragem que moviam as grandes sociedades daquela época. Religiosos porque utiliza-se do pensamento divino para justificar certos atos. No oriente médio,por exemplo, a guerra santa é justificada por pensamentos puramente divinos. Os princípios de Carter sobre a conduta americana, no inicio do seu texto, tem bases religiosas. Portanto invadir um país como a Líbia, que passa por suas revoluções, é ir de encontro a esses ideais.




No texto, Jimmy Carter discorre sobre o uso das armas de guerra, como elas devem ser utilizadas entre combatentes e não combatentes e também sobre a proporção de seus ataques. Chega a ser contraditório, já que nas guerras passadas os Estado Unidos não hesitaram em utilizar uma força desproporcional para mudar o rumo dos conflitos. Hiroshima e Nagasaki são exemplos claros disso. Portanto, nesse panorama, a ideia de buscar alternativas junto a comunidade internacional, para uma solução pacifica entre as sociedades não passa de ilusão e publicidade barata para a população em geral. Pois a economia fala mais alto e um país sempre termina intervindo nas políticas sociais de outro, com uma desculpa estupida de justiça puramente parcial.




É uma critica clara do Carter ao terrorismo islâmico quando ele expressa a preocupação do General Tommy R. Franks ao falar sobre os alvos militares próximos a hospitais, escolas e outros estabelecimentos civis. Tentando mostrar que o outro lado se preocupa em não prejudicar a vida dos inocentes. E por mais que os norte-americanos tentem esconder, quando a necessidade de conquistar determinado objetivo aparece, algo sempre chega a sociedade para mostrar que eles não são tão “mocinhos”.

Os Estados Unidos são mestres em utilizar essa artimanha da publicidade. A invasão ao Iraque foi mascarada pelo ataque do 11 de Setembro, porém, na verdade era um conflito muito mais antigo do que se imagina, e os verdadeiros motivos foram puramente econômicos. Na Líbia, o país passa por uma revolução interna que preocupa a economia mundial e por isso os outros países estão prontos a intervir, não é de se surpreender que aconteça isso a qualquer momento, ou que já não esteja acontecendo. Enquanto o Oriente médio se justifica através da sua religião, o Ocidente o faz através da propaganda, de conceitos puramente parciais que distorce o pensamento da população. Nesse sentido não existe uma guerra justa, pois todas não passam de politicagem e propagandas falsas, e sendo o verdadeiro objetivo econômico.




Ora, os americanos sabem que possuem um poder bélico maior que as sociedades do Oriente Médio. Dizer que uma guerra justa é travada frente ao inimigo, determinando vários critérios, se torna injusta frente a uma nação que não tem metade das condições.

Portanto, guerra justa não passa de uma simples guerra, uma politica barata que tenta convencer as outras nações de que existem motivos para intervenção ou conflito, mas que no fundo não passa de uma prepotência de determinado país ou nação de buscar mais e mais na economia globalizada, e tudo no fim passa a ser uma questão econômica. O que vale é saber se traz benefícios ou prejuízos para a economia mundial.